segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pontos Turísticos: Ouro Preto, a cidade da expressão barroca


Ouro Preto

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Foto: Alexandre C. Mota
Na igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto, o vigor do desenho arquitetônico impõe-se pelas curvas dominantes. A fachada principal (frontispício) tem formato cilíndrico, com três portais em arco no primeiro pavimento, com sacadas logo acima de cada um deles, numa composição coroada por duas torres laterais redondas e uma cruz ao centro.
O conjunto traz aquela que é considerada pelos especialistas como expressão máxima do barroco colonial mineiro: a planta com o cruzamento de duas elipses encaixadas em forma de 8, com corredores em torno da capela-mor e sacristia na extremidade. Em Minas Gerais, apenas a igreja de São Pedro dos Clérigos, em Mariana, possui também a planta elíptica, com grande semelhança entre as duas construções.
Internamente, a simplicidade se contrasta com as monumentais pilastras na igreja Nossa Senhora do Rosário. São seis altares laterais, com invocações a santo Antônio da Núbia, são Benedito, santa Efigênia, santo Elesbão, santa Helena e Nossa Senhora Mãe dos Homens, executados entre 1784 e 1792.
A documentação existente não permite precisar o ano exato do início das obras, mas os historiadores presumem que deve ter se dado em 1762. Atribui-se o plano de construção (risco) a Antônio Pereira Sousa Calheiros. Já o frontispício e a empena ficaram a cargo de Manuel Francisco de Araújo. O historiador francês Germain Bazin acredita que esta fachada tenha sido influenciada pelo desenho do arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, feito para a igreja de São Francisco de Assis, também em Ouro Preto.
A iniciativa da construção ficou por conta da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, criada em 1715. A construção do templo remete a uma troca de favores entre a irmandade e o Senado da Câmara, uma espécie de legislativo municipal da época. Em 1733, a associação construiu uma rua para que a procissão do Triunfo Eucarístico pudesse passar. Assim, seus adeptos conseguiram o terreno, próximo à capela original, e a autorização para construir o templo.
Fonte: Baseado no Plano de Conservação, Valorização e Desenvolvimento de Ouro Preto e Mariana - Dossier de Restauração OP/164 (Fundação João Pinheiro, Iepha-MG, Iphan, PMOP e PMM), 1973-1975

Nenhum comentário:

Postar um comentário